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Fim de tarde no convento, hora do crepúsculo no céu.No seu clautro solitário, uma freira bordava, com seu semblante sereno placidamente iluminado por uma réstia do dia penetrava pela fimbria da cortina, enquanto que murmurava uma oração. De repente, a freira espetou o dedo com a agulha de crochê. Então a freira exclamou: - MERDA, ESPETEI O DEDO. - BOSTA, FALEI MERDA. - CARALHO, FALEI BOSTA. - CACETE, FALEI CARALHO. - PICA, FALEI CACETE. - BUCETA, FALEI PICA. - XOXOTA, FALEI BUCETA. - CU, FALEI XOXOTA. Daí ela interrompeu a sua ladainha, deu um suspiro e concluiu: - FODA-SE, EU NÃO QUERIA SER FREIRA MESMO
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